Nesta terça-feira (3/6), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) participou do seminário comemorativo pelos 250 anos da bênção da pedra fundamental da Igreja de Nossa Senhora da Candelária, no centro do Rio de Janeiro (RJ). A atividade integra a programação especial organizada em homenagem à trajetória histórica de um dos mais emblemáticos templos católicos da capital fluminense. 

O evento contou com a presença do presidente do Iphan, Leandro Grass, da superintendente do Instituto no Rio de Janeiro, Patricia Wanzeller, além de especialistas em arte, arquitetura, história e arquivo. Na ocasião, o presidente do Iphan participou da mesa “Igreja de Nossa Senhora da Candelária: do passado ao presente”, ao lado de profissionais que abordaram diferentes perspectivas sobre o valor histórico, simbólico e artístico da igreja, tombada em nível federal desde 1938. 

Leandro Grass destacou que a preservação do patrimônio cultural católico, especialmente no Brasil, desempenha um papel fundamental para o fortalecimento das comunidades. “Muitas igrejas revelam culturas específicas que formaram o povo brasileiro. Para além de um espaço da fé católica, é também um espaço de memória, de muita cultura e de um profundo sentimento de pertencimento”, concluiu.   

Durante o evento, o presidente salientou ainda a atuação do Instituto na valorização do patrimônio cultural católico em todo o país, com ênfase nas ações do Novo PAC voltadas à preservação de bens religiosos tombados. Grass informou que, até 2026, estão previstos R$ 148,4 milhões para iniciativas voltadas ao patrimônio católico, dentro de um conjunto de 144 obras e 105 projetos do Novo PAC, que somam R$ 771 milhões em investimentos. 

Ainda durante a visita, o presidente conheceu o consistório da Igreja da Candelária, recentemente restaurado com acompanhamento técnico do Iphan. Durante o processo, foram reveladas uma pintura original ainda intacta, datada de 1882 e assinada pelo pintor João Zeferino da Costa, e um respiradouro, elemento inédito em edificações localizadas na região.  

“A Candelária é uma joia do centro do Rio. O Iphan tem profundo respeito e admiração por todos os profissionais e membros da comunidade religiosa que se dedicaram a esse processo de restauro, contribuindo para preservar este patrimônio”, disse a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro.  

A programação comemorativa pelos 250 anos da pedra fundamental da Candelária segue ao longo da semana, com palestras, apresentações musicais e uma missa solene.